segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Capítulo 18 - A conta, por favor!





 
A viagem segue..., depois de saborear um delicioso jantar na Riviera Francesa, de rir litros com as estórias simples contadas por um taxista mexicano ou ser recebido com um doce e meigo sorriso pela camareira de um hotel em Bangkok, nos perguntamos: Como agradecer tais gentilezas? É recomendado dar gorjeta? Quanto dar?  Os questionamentos podem parecer bobos, porém são de grande relevância, já que o ato de dar gorjeta, dependendo do lugar, poderá gerar sentimentos de grande satisfação, como também de verdadeira ofensa, e será compatível com o nível de dedicação do serviço prestado.






A título de curiosidade, alguns autores, numa visão um tanto quanto romântica, dizem que a origem da palavra GORJETA se reporta a Inglaterra do século XVII, onde a denominação TIP representava a junção das iniciais das frases to insure privacy (para garantir privacidade) e to insure proptness (para garantir prontidão), que eram usadas “quando alguém dava um shilling (moeda da época) ao cocheiro para este entregar uma carta de amor secreto ou para garantir a entrega efetiva de uma correspondência”.

Na prática, independentemente da origem, o ato de dar gorjeta se consubstancia na ideia de retribuir a gentileza e dedicação de um bom prestador de serviço - Ir muito além daquele fundamental e previsível MUITO OBRIGADO.






 
Há de se ressaltar que o prestador de serviços não se resume aquele que nos atende junto às mesas dos restaurantes. Prestador de serviços é toda e qualquer pessoa que nos serve (garçons, carregadores de bagagens, taxistas, manobristas, et al.). A propósito, também é bom saber que há algumas pessoas a quem não devemos dar gorjetas, como, por exemplo, vendedores de lojas, condutores de ônibus, proprietários de restaurantes e de salão de beleza, porteiros e recepcionistas de hotéis, lanterninhas e trabalhadores de fast food.





Outro ponto importante é que não existe uma regra básica para o ato de dar gorjeta - cada país tem uma forma diferente de tratar o assunto. Sem pretender esgotar a temática, até porque seria quase que impossível, destaco algumas informações, que, certamente, serão úteis na sua próxima viagem – os quantitativos foram estabelecidos em percentual e em dólar americano para facilitar a aplicação do conhecimento em qualquer lugar do mundo!

Restaurantes - As gorjetas podem variar até 20%. Nada - serviço ruim; 10% - serviço regular; 15% - serviço bom e 20% - serviço excelente.
Bares - no balcão: $1 por cerveja ou $2 por drinque. Nas mesas: 10 a 15% de gorjeta.
Hotéis - carregadores: $1 por mala. Camareira: $1 a $10 por noite.
Entregas - $2 a $5
Táxi - em alguns lugares, arredondar o valor da corrida para cima é a solução, além de facilitar o troco, significa dinheiro a mais. Em outros, o valor pode variar de 10% a 20% do valor da corrida – para calcular a gorjeta, peguem os primeiros dois números do valor da corrida e multipliquem por um ou dois, arredondando o resultado, ao final, se necessário: $ 24 x 2 = 48 = $4.80 = $ 5, total $29.
Aeroportos - $1 a $2 aos carregadores de bagagem.
Estacionamento e serviços automotivos em geral - $1 a $2 aos manobristas.
Navios - geralmente as gorjetas são pagas antes do início da viagem - verifiquem antes de embarcar, para não acabar dando gorjeta em dobro.
Vans - transportes de cortesia – a gorjeta ao motorista é uma opção, principalmente quando este ajuda com as malas.
Guias Turísticos - Gorjetas são sempre bem-vindas, o valor fica a critério.




Ainda a título de contribuição, destaco a postura que deve ser utilizada em alguns países no trato com as gorjetas: 

Praga - deixadas diretamente na mesa.
Alemanha - entregues pessoalmente ao garçom.
Japão e China - dar gorjeta pode ser muito ofensivo em alguns lugares – observe a conduta dos demais clientes!
Croácia e Grécia - apreciadas, mas não é uma regra - normalmente, os trabalhadores não esperam recebê-las.
África do Sul - quase que obrigatórias, não importando a quantidade de dinheiro extra. 
Egito - muito apreciadas, principalmente quando dadas em dólar.
Peru - não é comum dar gorjeta, exceto em restaurantes mais sofisticados.




Espero que essas informações sejam úteis e bem empregadas, afinal tudo deve conspirar para que a viagem seja a melhor possível! Até breve!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Informação: Mal de Altitude




Soroche, o mal de altitude: será que é tão mau assim?

Texto produzido por  Mariana Amaral • 9 junho, 2014
Extraído do site: http://www.viajenaviagem.com/2014/06/mal-de-altitude-soroche-sintomas-como-combater/

Eu estava em frente à esteira do aeroporto de Cusco esperando a minha mala chegar, quando de repente me dei conta: “Que engraçado… estou respirando!”. Não contem para a minha mãe, mas desde que eu soube que iria viajar a Cusco e Machu Picchu eu fiquei bem preocupada quanto ao mal-estar que poderia sentir pela altitude.
Os principais sintomas do mal de altura (soroche, para os peruanos) são falta de ar, tontura, enjoo e dor de cabeça. Pela experiência do meu grupo e pelos relatos que li, eu concluí duas coisas:
1) sentir-se mal é quase inevitável;
2) com alguns cuidados, você consegue não se sentir tão mal assim.
Minha ideia do soroche era já sair da porta do avião ofegando e me escorando pelas paredes (ok, exagerei um pouco aí). Na verdade, os efeitos são menos drásticos e vêm mais despacito – devagar o suficiente para você conseguir atravessar o estacionamento do aeroporto e caminhar até as vendinhas do outro lado numa boa. Ali você encontra balinhas de coca para comprar (peça por caramelos de coca).
As balas de coca com mel são gostosinhas e prometem ajudar na oxigenação do sangue.
Desse momento em diante, vá com calma. Chegou no hotel em Cusco, fez o check-in, subiu com as malas e está se sentindo ótimo? Maravilha, mas resista à tentação de já partir para um rolê pelos pontos turísticos da cidade. Vá até a esquina, tome um café, veja o movimento, e espere para turistar no dia seguinte.
Dar um tempo para o seu corpo se acostumar com a altitude é a melhor forma de amenizar o soroche.
O que é o soroche
O soroche é o mal-estar que pessoas que moram em cidades mais próximas ao nível do mar sentem em altitudes elevadas. Quanto maior a altitude, mais rarefeito é o ar – e pior nos sentimos. Nossa respiração fica mais rápida e os batimentos cardíacos aumentam enquanto o nosso corpo tenta se habituar às novas condições de clima.
Machu Picchu está a 2400 metros acima do nível do mar. Cusco, 3400 metros acima.
Como amenizar os sintomas
O combate ao mal de altitude começa na definição do roteiro: programe uma passagem sem correria pelas cidades mais altas, reservando o primeiro dia para se aclimatar.
Mascar folhas de coca é uma tradição andina que alivia o mal-estar. As folhas também podem ser usadas para fazer chá; fica bem gostoso. São estimulantes, então melhor não tomar tarde da noite.
Na alimentação, a dica é evitar bebidas alcoólicas, tomar bastante água e comer comidas leves. O chá de muña é digestivo e ajuda a melhorar os enjôos.
As Sorojchi Pills são no Peru o remédio mais popular para o combate ao mal de altura (bem, pelo menos entre os turistas). A composição é ácido acetilsalicílico, cafeína e salófeno. O que é salófeno o Google não me ajudou a descobrir, mas os demais componentes você pode encontrar em outros remédios no Brasil mesmo. Comprar as Sorojchi Pills não é indispensável, não.
Os hotéis mais bambambãs de Cusco (como o Belmond Hotel Monasterio, o JW Marriott, o Casa Cartagena ou o hotel onde nós ficamos, o Aranwa) dispõem de tubulações especiais que liberam mais oxigênio nos quartos, ou então de máscaras de oxigênio que são emprestadas ou alugadas aos hóspedes.
O que sentimos
No meu grupo de viagem havia pessoas de idades variadas, condições físicas variadas e experimentamos o soroche de diferentes formas. Alguns se sentiram bastante nauseados, outros apenas sentiram a respiração um pouco mais difícil. Interessante notar que a pessoa mais fora de forma não foi quem se sentiu pior, e a pessoa mais velha não teve sintomas mais fortes do que os outros.
Comigo o mal-estar bateu ao chegar no hotel. Me senti zonza, mas durante o check-in tomei um chá e melhorei. Já era noite, e depois do jantar (no próprio hotel) dei só um pulinho na Plaza de Armas (que era bem perto) e voltei para dormir. Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça horrorosa, mas passou com uma CafiAspirina, que levei de casa, e com uma xícara de chá de coca. Durante os passeios da manhã, comi uma ou duas balinhas de coca quando senti a respiração um pouco mais curta, mas nada que pudesse chamar de ofegante.



segunda-feira, 9 de junho de 2014

Capítulo 17 - Perumbulando por ai...





Recebi um whatsapp de uma amiga dizendo que iria viajar para Lima e gostaria de algumas dicas de viagem. Sem pensar duas vezes, comecei a digitar uma mensagem e quando dei por mim já havia escrito um texto. Isso me deixou extremamente feliz, pois, sem querer, voltei a fazer uma das coisas que mais me dá prazer, além de viajar, é claro: escrever sobre minhas viagens!

Então, deixemos de conversa e vamos ”perumbular” um pouco pela cidade de Lima. A capital peruana foi fundada há 479 anos e possui uma população de aproximadamente nove milhões de habitantes.

Próxima da Linha do Equador, Lima, diferentemente de outras cidades, não sofre com o calor intenso e isso se deve, em parte, ao fato de se localizar as margens do Oceano Pacífico, bem como sofrer forte influência da corrente marítima Humboldt. Tais fatores, aliado a falta de chuvas durante quase todo o ano, fazem com que qualquer época seja apropriada para conhecer e desfrutar a cidade - a temperatura do verão e inverno é sempre agradável e varia entre 20-27°C e 15-19°C, respectivamente. 







Lima, apesar de não está entre as minhas cidades favoritas, tem seus encantos e possui muitos lugares interessantes para conhecer. O ideal é começar como uma caminhada na orla do Pacífico, principalmente no trecho que fica em Miraflores, entre o Parque del Amor e o Shopping Center Larcomar - o mais bonito da cidade! Não por causa de suas lojas, mas tão só pelo visual.

A propósito, quando forem reservar algum hotel, indico os bairros de Miraflores (agradável, com ótimos restaurantes e lojas) e San Isidro (relax, arborizado e com prédios modernos).

Uma coisa interessante de Lima é que a maioria de seus pontos turísticos podem ser visitados por conta própria, sem a ajuda de agências de turismo. Aproveitem para fazer uma caminhada pelo centro histórico da cidade. Nele encontramos a Plaza de Armas, a Catedral, o Palácio Episcopal, o Monastério de Santo Domingo e o Convento de São Francisco. Para não perder muito tempo com o trânsito, o ideal é ir ao centro no sábado ou no domingo.




















Por falar em trânsito, o de Lima é extremamente caótico. Portanto, se pensaram em alugar um carro, desistam! É melhor utilizar os serviços de táxis. Em relação a tais serviços, diria que tomar um táxi na porta do hotel ou reservar com o pessoal da recepção é geralmente mais caro. Antes de saírem, acertem previamente o valor da corrida com o taxista – os táxis de Lima não possuem taxímetro. E, finalmente, ao circularem pela cidade, todo cuidado é pouco! Attention com bolsas e câmeras!




Vale a pena fazer um passeio a Pachacamac (ruínas de uma grande cidade, com pirâmides e templos). Fica a aproximadamente 40 km do centro de Lima – durante o passeio, não esqueçam de usar tênis e tomar bastante água. O calor é de matar!




















Querem aproveitar a noite? Indico o Parque da Reserva (possui fontes aquáticas de diversas cores e formas) e a Praça Kennedy (também conhecida como Parque Central de Miraflores). Nesses lugares se concentram diversos bares, restaurantes, boates e lojas, a exemplo da Calle de las Pizzas, em frente ao Parque Kennedy.

Com tanta agitação, é bom parar um pouco para aproveitar o que o Peru tem de melhor, sua culinária. Comer bem em Lima é fácil e prazeroso. Vale a pena provar a tradicional cozinha peruana. Comer um cebiche é algo obrigatório. Não deixem de conhecer o Astrid & Gastón, considerado um dos melhores do mundo. Sugiro ainda uma passadinha no Huacca Pucclana, Picas e Central (culinária peruana); La Mar, Amor Amar e El Mercado (cevicheria); Pescados Capitales, Punto Azul e La Rosa Náutica (marisco e frutos do mar).


       


















Para finalizar, assistam a  um  show típico do Peru (o colorido dos vestuários é algo impressionante), tomem uma Inca Kola bem gelada, provem algumas balinhas de Coca e divirtam-se! Afinal, é o mínimo que merecemos! Hasta luego!